quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Interpretação fde texto 6° ano Professora Wirla

Mais um animal

Chico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço.
- Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.
- Olha pra ele, mãe, tão bonitinho, tão magrinho. Ocê não tem dó dele?
- Dó eu tenho, mas não quero saber de mais bicho em casa. O quintal já tá parecendo zoológico.
- A senhora mesmo vive rezando pra São Francisco, o santo que acolhia os bichos...
- Não é por ser devota de São Francisco que vou transformar minha casa em zoológico.
(...) Chegam muito os três que vivem embaraçando nas pernas da gente.
- Olha pra ele, mãe. Só ele, tenha piedade do coitado. Não deve ter dono, nem pai, nem mãe, nem irmãozinho.
- Não quero nem olhar.
- Já sei por que não quer: para não pegar amor por ele. Alisa só o pelinho dele, vê como o coitado tá maltratado. Se fosse um angorá, aposto que você ia querer.
- Se fosse um angorá, o dono não deixaria solto na rua.
Chico saiu alisando o pelo do gatinho, triste por ter que se livrar dele. Sentou no alpendre e conversou com o gatinho:
- Você tem que compreender que a casa não é minha, se fosse...No fundo, ela tem razão. Tenho três cachorros, três gatos, um papagaio, meia dúzia de galinhas, uma já ninhada de cinco pintinhos; um casal de patos, um porquinho da Índia, um coelhinho orelhudo ... (...) já vi que ocê não compreende, que quer mesmo ficar.
Vamos lá dentro tentar de novo? Vamos?
- Mãe, você...
- Outra vez com esse gato?
- Eu só queria um pedaço de pão molhado no leite para dar pra ele.
A mãe deu um pedaço de pão e um pires com leite. Chico começou a matar a fome do novo amigo.
Pão comido, leite lambido, a mãe falou:
- Agora que ele comeu, pode dar o fora. E trate de levar esse gato pra bem longe.
                                                (José, Elias. Com asas na cabeça, adaptado.)


1)
Leia o trecho abaixo:
“Chico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço.
- Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.”
Agora responda: Quem traz problemas para casa?
(A) a mãe.
(B) Chico.
(C) o gatinho.
(D) o narrador.

2)
Leia novamente o trecho:
“- Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.”
O trecho destacado no período acima significa
(A) mais um animal perigoso para cuidar em casa.
(B) mais sofrimento com o abandono de animais.
(C) mais preocupação para a mãe de Chico.
(D) mais uma boca para comer em casa.

3)
O travessão inicial que aparece no trecho “-Você tem que compreender que a casa não é minha, se fosse...” indica
(A) a fala da mãe.
(B) a fala do gato.
(C) a fala do Chico.
(D) a fala do narrador.

4)
Observe o diálogo:
“- (...) Se fosse um angorá, aposto que você ia querer.
- Se fosse um angorá, o dono não deixaria solto na rua.”
Para a mãe de Chico, se o gato fosse angorá, seu dono não deixaria solto porque seria um gato
(A) doente.
(B) de raça.
(C) perigoso.
(D) muito querido.

5)
Leia a frase:
“- Olha pra ele, mãe, tão bonitinho, tão magrinho. Ocê não tem dó dele?”
No período acima, as palavras ele e dele referem-se a (ao)
(A) São Francisco.
(B) papagaio.
(C) Chico.
(D) gato.
6)
Observe a frase:
“(...) Chico começou a matar a fome do novo amigo.”
A expressão em destaque tem sentido de um amigo
(A) com pouca idade.
(B) que está para chegar.
(C) conquistado recentemente.
(D) com quem se tem pouco contato.

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